domingo, 26 de julho de 2015

AVALIAÇÃO DO VOO PLU/BSB/PLU

   A Equipe do Aviação Hoje Notícias/Plane Spotter BH foi conferir o voo da Azul para Brasília, partindo do Aeroporto Carlos Drumond de Andrade, o nosso Aeroporto da Pampulha. As operações para Brasília tiveram seu início em 4 de maio de 2015. No dia do nosso voo, 23 de julho de 2015, constatamos ocupação quase total, tanto na ida quanto na volta.
   A Equipe foi composta por Gabriel Araújo, Gustavo Andrade, Luiz Gimenes e Mario Carvalho, que se juntou em BSB, pois viajou via CNF.
  Passamos então a relatar a nossa "flight report", não da apurada forma técnica do GianFranco Beting, mas do ponto de vista daqueles que, a cada voo, se sentem como se estivessem voando pela primeira vez.

TRECHO PLU/BSB
   Voo 5701 com embarque marcado para às 06h10min e partida prevista para 06h50min.

   Nada a fazer no saguão, pois o "check in" foi feito via web, já adentramos à sala de embarque, em cuja entrada existe uma singela homenagem ao Tenente Aviador Doorgal Borges, fundador e primeiro Comandante do Aeroporto.
Não fizemos fotos da sala de embarque em respeito ao direito de imagem dos demais passageiros, mas registramos a sala superior que se encontrava vazia naquele horário.

   Embarcamos às 06:20 no ATR 72-600 matrícula PR-AQN, abastecido com 2300 quilos de Jet A1. A aeronave, cujo estado de conservação interna é inquestionável, completará dois anos de uso em outubro próximo.

   Às 06h46min o trator empurrou a aeronave até a taxiway alpha e a alinhou para acionar os motores. O táxi durou 02'35'', sem paradas nos pontos de retenção e espera. O Comandante Leandro Campos, auxiliado pelo Copiloto Marcelo Salim, aplicou potência tão logo teve a aeronave alinhada na cabeceira 13. Após 36 segundos de corrida, às 06h50min, o trem de pouso traseiro desapegou do solo e o ATR decolou rumo à aerovia W2. Após a saída padrão de PLU, ainda na subida, passamos por uma densa camada de nuvens.

   A aeronave alcançou 18000 pés e foi nivelada em voo de cruzeiro, já com um tempo limpo e céu de um azul anil lindo de se admirar.

   A esta altura já fora feito o serviço de bordo com os tradicionais snacks.
Como opções de bebidas tivemos água, guaraná, sucos de pêssego e laranja, servidos pelas amáveis Comissárias Camila França e Mariana Beck.

  Um voo muito tranquilo, sem a ocorrência de nenhuma instabilidade e com as curvas de correção de rota executadas com suavidade pelo Cmte. Leandro.
Mas, como nada é perfeito, um garotinho fez toda a viagem chutando o assento e o encosto da poltrona na qual se encontrava o Luiz Gimenes, sob os olhos da abnegada e complacente mamãe.
  Após alguns minutos depois de iniciada a descida, vislumbramos o imponente Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek, na longa aproximação feita em razão de vários pousos à nossa frente.
   Pela razão de o ATR voar a uma velocidade menor foi vetorizado (vetorado na linguagem dos pilotos) pelo controle de voo e posicionado após a última aeronave na fila de pouso. Já na aproximação final experimentamos uma leve turbulência provocada pela esteira deixada por um dos Air Bus A-320, que pousaram à nossa frente.

   A aeronave tocou o solo às 08h34min na pista 11L, após 01h44min de voo e venceu a distância até ao Terminal 2 em seis minutos. O corte dos motores aconteceu às 08h40min, quando a maioria dos passageiros já se levantou ocupando o corredor da aeronave, antes mesmo de abrirem a porta de desembarque.

   Como acontece em vários aeroportos brasileiros, também no aeroporto de Brasília existem aeronaves de empresas que encerraram as atividades. Neste caso são dois Boeing 767 da extinta Transbrasil em processo de desmonte. Ambos se encontram lá desde 2006. Já há algum tempo a justiça autorizou a desmontagem para a venda de peças e equipamentos. O dinheiro apurado é usado para quitar parte da dívida da Empresa.

   Após o término do voo os garotos, Gabriel Araújo e Gustavo Andrade, foram convidados a visitar o cockpit do AQN.

Finda a visita solicitamos à gentil tripulação (que logo depois voou para Barreiras/BA), a gentileza da foto de registro.


O DIA NA CAPITAL DO BRASIL
   Como o nosso voo de volta só aconteceria às 19h22min, aproveitamos o dia para uma das atividades que mais gostamos: ver e fotografar aeronaves.
   À nossa espera, para nos acompanhar aos melhores "spotting points", estava o amigo Gabriel Melo, competente Spotter de Brasília.

   Gabriel Melo nos conduziu, inicialmente, para um ponto de observação próximo dos viadutos de acesso às pistas 29L e 11R. De lá avista-se uma parte do aeroporto onde se concentram aeronaves da TAM.
   O local permite excelentes fotos da passagem das aeronaves e também das decolagens pela pista 11R.

Algumas decolagens fotografadas deste local:







TRECHO BSB/PLU
  Por volta das 18h, depois de muito andar e fotografar, nos dirigimos ao Terminal 2 para aguardar com mais conforto, o horário de embarque para o voo de volta, previsto para 19h22min.

   Já com "check in" via web e cartões de embarque em mãos, nos dirigimos à sala de embarque por volta de 18h30min. No local encontramos Gabriel Rocha, piloto da Azul, como passageiro também do nosso voo.
   Às 18h50min iniciou-se o processo de embarque no mesmo PR-AQN que já cumprira BSB/BRA/BSB, cuja tripulação foi composta pelo Cmte. Pericles Filho, Co-piloto Rafael Carvalho e comissárias Amanda Almeida e Mayara Vaz. A aeronave recebeu 68 passageiros e foi abastecida com 2400 quilos de Jet A1. Seu peso total na decolagem alcançou 21440 quilos.
   O push back se deu às 19h12min e às 19h16min o ATR iniciou o seu longo táxi para decolagem pela 11R, que durou 14 minutos.
   Assim como em Belo Horizonte, não aconteceram paradas nos pontos de retenção e espera. Tão logo a aeronave se alinhou na pista, o Cmte. Pericles aplicou potência aos dois Pratt & Whitney 127N, fazendo com que o avião corresse 37'' antes de sair do chão para alcançar a saída MUGIS 1B. Após a subida estabilizou-se para cruzeiro em 21000 pés.
  O voo transcorreu normal e tranquilo sem nenhuma instabilidade. Uma coincidência possibilitou a companhia do piloto Gabriel Rocha ao lado de Gustavo Andrade, oportunidade que este aproveitou para adquirir mais conhecimento sobre aviação.   
   Às 20h56min, quatro minutos antes do previsto, o AQN tocou o solo da pista 13 do Aeroporto da Pampulha. Após o backtrack em frente ao hangar da ADE, taxiou rapidamente e teve os motores cortados às 21h.
   
  O Cmte. Pericles Filho também permitiu a visita na cabine de comando, quando os instrumentos já estavam sendo desligados.





CONSIDERAÇÕES:
> voar, por si só, já é um grande prazer para quem ama aviação. Voar AZUL é uma boa experiência, seja nos jatos ou nos ATR-600, pois a gentileza e atenção já são verificadas ainda em solo com seus atendentes e multiplica-se com os amplos sorrisos que as tripulações brindam cada passageiro. Todavia, nesta última aeronave o voo com duração superior a 90 minutos acreditamos que não seja tão confortável em razão do maior nível de ruído.
> Não se tem muito a dizer sobre o serviço de bordo da Azul, pois é de conhecimento da grande maioria. O diferencial é não haver restrição quanto à quantidade de snacks.
> O entretenimento a bordo resume-se a uma revista da Empresa, em papel couchê 90 gramas, muito bem elaborada por sinal, com informações de gastronomia e turismo no Brasil e exterior. Das 160 páginas, 40% é de propagandas diversas e também publicidade institucional de outros destinos da Empresa. 
> A opção de embarcar no Aeroporto da Pampulha é confortável e torna-se um atrativo pela facilidade do acesso. Os horários de voo são ideais para quem necessita ir à capital federal tratar de algum assunto ou negócio.
> O desembarque em BSB é no Terminal 2, distante do T1, mas com traslado gratuito até ao grande e moderno T1, que continua em processo de expansão em alguns setores, para melhoria do atendimento.

CURIOSIDADE:
ficou por conta do primeiro passageiro que embarcou em Belo Horizonte, quando ao entrar na aeronave, indagou à comissária se não lhe seria entregue o "foninho" de ouvido, ao que lhe foi esclarecido que o ATR não tem monitor para entretenimento.

NOTA LAMENTÁVEL:
ainda existem seres humanos que não merecem esta qualificação, e, alguns desses, se dispõem a apontar canetas laser em direção às aeronaves, quando das decolagens em Brasília. Os infelizes, que não receberam educação de berço, desconhecem os perigos que sua nefasta atitude pode acarretar.

FINALMENTE:   
os nossos sinceros agradecimentos às tripulações que tão gentilmente nos atenderam em ambos os voos, proporcionando aos garotos da Equipe experiências que ficarão marcadas na memória, não só pelo profissionalismo, mas mormente pelo carinho e atenção que a eles dispensaram.