quinta-feira, 21 de maio de 2015

AZUL NA CONSTANTE BUSCA DO SUCESSO

   José Mário Caprioli, sócio da Azul Linhas Aéreas, Presidente da Holding Azul S/A e da ABEA-Associação Brasileira das Empresas Aéreas, esteve em Belo Horizonte para uma palestra no auditório da FUMEC, no dia 21 de maio.
   

  Durante mais de uma hora Caprioli prendeu a atenção de estudantes, professores e convidados, explanando sobre a complexidade de uma empresa aérea e das intrincadas implicações deste mercado, falando com muita propriedade e riqueza de detalhes sobre tópicos até então, pouco compreendidos, acredito que por boa parte da platéia.

   Basicamente sua explanação versou sobre o empreendedorismo, assunto este amplamente dominado por si, pois já aos 25 anos de idade comprou seu primeiro avião, em 1998 fundou a Trip Linhas Aéreas, apenas dez anos depois comprou a Total Linhas Aéreas e anunciou fusão com a Azul no ano de 2012.

VISÃO DE FUTURO
   Caprioli teve uma visão de futuro ao investir na aviação regional, muitas vezes ligando cidades desassistidas pelas empresas então existentes. Com essa visão acertada, hoje a Azul tem uma quantidade de destinos superior à soma de todos os destinos das duas maiores concorrentes.


   Hoje se desejar visitar São Gabriel da Cachoeira, no Estado do Amazonas, ou Tabatinga, também no Estado do Amazonas na divisa com a Colômbia e o Peru, a Azul te leva.



DESAFIOS

    O Executivo demonstrou como são grandes e inúmeros os desafios enfrentados por uma empresa aérea, começando pelo time de funcionários que precisa ter alto nível técnico no desempenho de suas funções, fazendo com que o produto final, ou seja, o atendimento prestado tenha melhor qualidade a cada dia, a cada voo, no sentido de proporcionar total satisfação ao cliente.
    Montar este time é uma das tarefas mais difíceis, pois o treinamento precisa ser constante, na busca do aprimoramento, mormente pela quantidade enorme de funcionários em solo. 
   Um piloto necessita de 4 a 5000 horas de voo para assumir uma aeronave. Um simulador de voo, indispensável ao treinamento, custa quase o preço de um avião. A Azul tem dois simuladores de Embraer e dois de ATR. Nesses aparelhos são simuladas, incansavelmente, todas as dificuldades com as quais um piloto pode se deparar em voo.


    Todavia, reduzir custos torna-se o maior desafio, pois é reduzindo custos que a Empresa pode oferecer mais conforto que a concorrência, aumentando o grau de satisfação do seu cliente.

    E, com essa filosofia de gestão, a Azul Linhas Aéreas está em com nota 68 no Método NPS (Net Promoter Score), ficando atrás apenas da Apple (Iphone) e da Amazon.com (serviços), estando à frente da South West.
Para chegar a esta nota, a Azul investiu em TV ao vivo, maior espaço entre poltronas (34 polegadas), além do serviço de bordo com água, sucos, refrigerantes e snacks à vontade. Outro diferencial é a idade média das aeronaves, três anos e meio, enquanto a média brasileira é de seis anos.

   Para José Mário Caprioli não existe sucesso, mas sim, a busca constante dele, pois se "acreditarmos que já o atingimos estaremos estagnados e outros nos suplantarão". Com esta maneira de enxergar o mercado, a Azul já está com voos de Campinas para Miami e Orlando, na Flórida. Em dezembro próximo começa a voar também de Confins para estes destinos. O empresário revelou também que a Empresa está trabalhando para oferecer o melhor interior de aeronaves nos voos da América do Norte, e em breve o A-350, a mais moderna aeronave na visão dele, será incorporada à frota.

O Aviação Hoje Notícias e o Plane Spotter BH agradecem à Anselmo Godinho Alcântara e à FUMEC pela cordial recepção dispensada.