quarta-feira, 3 de maio de 2017

DESVENDANDO CNF

     A BH Airport concedeu uma visita técnica ao Aviação Hoje Notícias/Plane Spotter BH, muito aguardada pelos integrantes do grupo. O pedido para a visita foi feito ao Diretor-presidente Paulo Rangel quando do Workshop da imprensa, em 2016. Após o término da construção do T2 e os ajustes que sempre acontecem, a visita foi concretizada.

   A RECEPÇÃO   
  Fomos recebidos por Joelma Fraga, com a habitual cortesia que deixa o visitante à vontade e conduzidos ao auditório para apresentações e dirimir sobre o roteiro da visita, o que foi feito em consenso para o exíguo tempo disponível, pois para conhecer tecnicamente um aeroporto, seria necessária uma semana de visitas.
  Após ouvirmos as instruções básicas sobre o que poderia ser ou não fotografado, definimos conhecer primeiramente a sala de embarque internacional e o sistema de manipulação de bagagens, com suas esteiras e os modernos aparelhos de raio-x, que dispensam a presença de funcionários.

   INICIANDO A VISITA   
Nos dirigimos para o embarque internacional, situado atrás do check-in 3, no Terminal 2, equipado com e-gates: equipamentos que permitem acesso à Sala de Embarque através de leitura eletrônica do cartão de embarque.

   Passamos pelo portal de raio-x no mesmo procedimento de todo passageiro, sempre acompanhados por um segurança do aeroporto, como é praxe para qualquer visita.

  Após passarmos pelo portal de raio-x, subimos a escada rolante que dá acesso ao embarque internacional, no piso superior.
   Ao entrar o grupo avistou o CS-TOH, um A-330 da TAP que se preparava para receber os passageiros, fazendo com que todos os visitantes se dirigissem à vidraça, para registrá-lo em fotografia.



   Também foi possível registrar uma das lojas de Free Shop que fica próxima ao primeiro gate do embarque internacional.


   A "VIAGEM" DAS BAGAGENS   
  A BH Airport investiu aproximadamente R$20milhões nos novos equipamentos que ampliaram a capacidade de processamento para 1.200 bagagens por hora, na área internacional, o que atende a expectativa de incremento da demanda de passageiros para os próximos anos.
  Além disso, foram feitos investimentos no novo sistema de inspeção integrado aos equipamentos de despacho de bagagens, que passou a contar com cinco níveis de inspeção, sendo três baseados na atuação humana, auxiliados pelas imagens de raio-x e dois níveis totalmente automatizados.
   Na maioria dos aeroportos brasileiros os sistemas de inspeção têm apenas dois níveis de verificação, baseados na atuação humana.
  Outro ganho importante é a armazenagem das imagens das bagagens inspecionadas em um servidor, servidor este que fica à disposição da Polícia Federal para auxílio no combate à criminalidade. Todo esse investimento reduziu para 40 minutos o tempo de conexão internacional/doméstico, o menor tempo entre os aeroportos brasileiros. (*)

   A “viagem” da bagagem até a aeronave se inicia no balcão de check-in onde as malas são pesadas e colocadas na esteira primária, aquela visível aos olhos do passageiro.

   Após ser colocada nesta esteira a bagagem segue por um complexo sistema de esteiras interligadas...
...até passar pelo primeiro aparelho de raio-x. Mas antes de passar pelo equipamento, a bagagem sofre a incidência de vários feixes laser que conseguem ler a etiqueta da mala em qualquer posição que ela esteja.
   A bagagem entra então no aparelho que funciona com algorítimos, para detectar se o conteúdo está de acordo com as normas ou se há algo irregular.
   Se este primeiro aparelho "aprovar" a bagagem, esta segue direto para a área de manipulação manual, quando será colocada no carrinho que a conduz para o porão da aeronave.
Caso não seja "aprovada" ela é desviada para outra esteira e é analisada por um segundo aparelho de raio-x, com algorítimos mais potentes e de avaliação mais apurada. Caso este segundo equipamento também considere algum item em desacordo, mais uma vez a mala é desviada para outra esteira em direção ao terceiro e mais sofisticado equipamento mostrado na foto abaixo.
   Todavia, se ainda assim persistir alguma dúvida, a bagagem então será aberta e vistoriada manualmente. Neste caso, o procedimento é feito com a presença do passageiro proprietário da mala e, para não lhe causar constrangimento, isso é feito em uma sala reservada.
   Não havendo nenhuma irregularidade a bagagem chega à esteira final...
...e é colocada nos carrinhos para serem transportadas até ao porão do avião.



   UM TOUR POR CNF   
   Finalizada a visita ao sistema de bagagens o Grupo embarcou em um ônibus para o esperado tour pelo aeroporto.
  O veículo partiu de local próximo ao gate onde se encontrava o A-330 da TAP, já em procedimento de embarque.

 Ao passar em frente à aeronave da TAP seu comandante e Co-piloto responderam aos acenos do Grupo.



   O passeio seguiu pelos pátios dos terminais dois, três e um (nesta ordem), permitindo ter ideia do tamanho do T2 inaugurado em dezembro de 2016.
   Visitamos o Terminal 3 que, durante a construção do Terminal 2, serviu ao embarque internacional, passando ao lado do Boeing 767-323(ER) que chega de Miami pela manhã e retorna à noite. O N346AN é um dos mais jovens a frequentar CNF, pois completou 14 anos no ultimo dia 2 de maio. 





     SCI     
   O passeio continuou e a parada seguinte foi na SCI (Seção Contra Incêndio), situada próximo ao Terminal 1.
   Os modernos e imponentes veículos Rosenbauer se destacam na garagem.
   A Rosenbauer foi fundada no ano de 1866 por Johann Rosenbauer, na cidade de Linz, na Áustria. Quando fundada, a Empresa comercializava mangueiras, capacetes e utensílios para esportes, entre outros. Em 1888 a direção passou para Konrad Rosenbauer, que iniciou a produção de bombas hidráulicas e outros equipamentos. O primeiro veículo foi produzido em 1919...
... e a Empresa foi se especializando ao longo das décadas, até chegar aos possantes, belos e velozes veículos atuais, usados mundialmente pelos aeroportos internacionais. (**)
  A BH Airport investiu 10 milhões de reais na aquisição de dois veículos Rosenbauer, modelo Panther 6x6. Com o investimento a Concessionária superou os requisitos exigidos pela ANAC, que são determinados a partir da movimentação de passageiros e aeronaves do aeroporto. 
   Previamente avisado da nossa visita, a SCI preparou um dos treinamentos diários para o horário, fazendo uma simulação em situação de crise.
  Tão logo a sirene soou, em menos de trinta segundos, os bombeiros se prepararam...
...e tripularam os veículos que partiram rapidamente com o guia à frente...
...e na sequência os modernos Rosenbauer...

...seguidos pelo Iveco Magirus em apoio aos primeiros.

   Um dos Panther parou em frente à garagem da SCI, para a interessante demonstração do seu poder de combate a incêndio...
...com os poderosos canhões de água, cujo tanque armazena 12500 litros do precioso líquido. 
   Além do tanque de água o veículo possui ainda um tanque com capacidade para 1500 litros de LGE (espuma) e um terceiro tanque que comporta 250 quilos de pó químico.
   O tempo médio para tripulação dos veículos quando soa a sirene, é de 20 segundos e o tempo de resposta para uma situação de crise é de, no máximo três minutos, tratando-se da cabeceira 16, mais distante da Unidade. O Phanton pode atingir a velocidade de 110 km/h.
   A capacidade de vazão é de 6000 litros de água por minuto e o jato pode atingir até 70 metros de distância.

 E foi à frente de uma dessas maravilhas tecnológicas que se fez a foto oficial do Grupo em visita.

    O TECA     O TECA
   Para finalizar o evento o ônibus seguiu para o TECA. Devido ao adiantado da hora a visita ao Terminal de Cargas ficou para outra data. Mas foi possível mensurar o tamanho do pátio deste Terminal e registrar alguns equipamentos usados na carga e descarga de aviões, a despeito dos reflexos nas janelas do ônibus, pois não poderíamos desembarcar naquele local.

  Mais a frente encontrava-e o PR-SDV, um Boeing 737-400 da Sideral, presença constante em CNF...
...com as pestanas para facilitar a navegação noturna orientada por astros e estrelas já tampadas, pois se tornaram obsoletas com o aparecimento de instrumentos mais modernos e altamente confiáveis.

   Ainda no TECA um Phenom 300, de matrícula CS-DTQ, aeronave da Empresa JetServiceNL, cumprindo voo charter para o Brasil.

   No trajeto de volta ao Terminal, nos deparamos com o TAP 104 já ingressando na taxiway para a pista 34...
...de onde iniciaria seu voo para além mar, cumprindo CNF/LIS.


   IMPRESSÕES DOS VISITANTES   

















Agradecimentos
Primeiramente o nosso agradecimento ao Dr. Paulo Rangel, Diretor-presidente da BH Airport, que em evento passado nos concedeu a oportunidade.

Agradecemos também à Janete Ribeiro, sempre solícita e cordial para com os nossos pedidos.
Nosso agradecimento à Joelma Fraga, que nos deixou à vontade e dedicou um carinho todo especial ao nosso grupo.
Agradecemos à Marinele que, por telefone, ministrou uma aula sobre a SCI, com dados que enriqueceram o artigo.

E, finalmente, a todos os funcionários que, de alguma forma em algum momento se detiveram para nos atender, de forma solidária e prestimosa.
De coração, o nosso sincero agradecimento!

(*) Fonte: BH Airport
(**) Fonte: Wikimedia.org