Guardadas as devidas proporções, os aeroclubes e pequenos aeroportos são locais tão pulsantes
quanto os grandes sítios, mas com o diferencial de facilitar a construção de amizades neste
meio apaixonante que é a aviação de “braço e pé”, devido à proximidade entre pessoas de vários segmentos.
No Aeroporto Carlos Prates não é diferente. Encontram-se pilotos em atividade,
outros que já se aposentaram e têm emocionantes histórias para contar, mecânicos de aeronaves, instrutores de voo, alunos empenhados em conquistar a carteira e aficionados que lá comparecem pelo
prazer de vivenciar esse mundo que tem atmosfera e glamour próprios.
Permito-me usar o Blog para contar uma experiência pessoal, que proporcionou conhecer um sítio aeroportuário privado e vivenciar outra
atividade ímpar na aviação, que é o paraquedismo.
No sábado, 17 de junho, fui convidado por Sylvio Franco a
voar para a Serra do Cipó e visitar o hangar recém-inaugurado do Dr. Breno
Silveira.
Se voar já é um prazer, voar em uma aeronave que pode executar acrobacias é algo inexplicável para quem o faz pela primeira vez.
Decolamos por volta de 11h55min da pista 09 de SBPR, em um
RV8, de características acrobáticas e peso máximo de decolagem limitado a 780
quilos.
Por ser o teto da aeronave uma peça totalmente transparente,
permite uma visão excelente do exterior, proporcionando real sensação de
liberdade. Porém, com o tempo ensolarado, gera o inconveniente de produzir reflexos nas fotografias.
Voando em dia de tráfego tranquilo foi possível conseguir “proa
direta”, cruzando o eixo da pista 31 do Aeroporto da Pampulha, cuja autorização
não seria possível se houvesse tráfego no horário.
A 4500 pés temos real noção da beleza de nossas
montanhas, essas montanhas que encantam os turistas que nos visitam.
Depois de estabilizar a altitude e aproar o destino, é momento de descontração e de uma “selfie” para registrar a alegria do passageiro.
Após quinze minutos de voo já estávamos na perna do vento da pista do Aeroporto da Serra do Cipó/SNLG, que possui 1260 metros de comprimento, 20 metros de largura e cuja elevação é de 799 metros. Está a cerca de 62 quilômetros de distância da Capital e opera em VFR Diurno.
O Cmte. Sylvio fez uma passagem e depois de nova
aproximação o RV8 tocou o solo com a suavidade de um pouso perfeito.
AVIS RARA
Após o desembarque e visita ao hangar, fomos de carro com o Dr. Breno conhecer a área de paraquedismo, onde se concentram as atividades da Avis
Rara Paraquedismo, que atua desde o ano de 1987 no paraquedismo mineiro. Sua
equipe possui um quadro de instrutores credenciados pela Confederação
Brasileira de Paraquedismo.
Um Cessna 180, preparado
para a função, sobe a 10000 pés e faz o lançamento dos paraquedistas que pousam
na área da biruta. Algumas fotos mostram a beleza da atividade:
Para os interessados em conhecer e até mesmo viver as emoções de um salto, o endereço é MG-10, Km 79,5 no município de Jaboticatubas.
Contatos pelos telefones (31) 3288-1980 ou (31) 99979-9982 que atende whatsApp.
RETORNO
Às
13h25min Sylvio alinhou na cabeceira 06 e imprimiu potência no RV8 com breve corrida pela pista, alçando
o voo de volta para SBPR.
Sobrevoamos a cidade de Jaboticatubas e alcançamos 4200 pés em um voo com algumas emoções próprias de uma aeronave acrobática.
Assim como na ida, também cruzamos o eixo da pista 31 de PLU...
...e logo avistamos a pista de SBPR.
Por fim, agradecer ao Sylvio Franco pela oportunidade da experiência e ao Dr. Breno Silveira pela gentil recepção no hangar em SNLG.