Depois de várias decisões contra e a favor do retorno dos jatos de maior porte no Aeroporto Carlos Drumond de Andrade, o Aeroporto da Pampulha, a GOL operou CGH/IZA/PLU e o inverso no dia 22 próximo passado.
A volta dos voos de "jatos de grande porte" no Aeroporto da Pampulha foi uma questão controvertida desde que as companhias aéreas cogitaram a volta.
Houve liberação pela Anac, veto do Ministério dos Transportes, intervenção da Presidência da República pela liberação atendendo a políticos mineiros e, por fim, o veto do TCU (Tribunal de Contas da União), considerando princípios éticos na relação comercial.
Mas a GOL, em uma estratégia de mestre, driblou o TCU e programou escala em Juiz de Fora, caracterizando voo regional. Essa escala em Juiz de Fora é em razão do embargo imposto pelo Ministério dos Transportes, no qual voos de/para PLU devem ter como origem e destino, cidades com no máximo 600.000 habitantes.
Na segunda feira, dia 22 de janeiro, a Empresa realizou a primeira operação no Aeroporto da Pampulha, após 14 anos sem operações regulares com jatos de grande porte.
A aeronave escalada para o voo G32001 foi o Boeing 737-700, de matrícula PR-GIG...
...que tocou a cabeceira 13 de PLU às 8h58min procedente do Aeroporto de Congonhas/SP, após escala em IZA (Aeroporto Regional da Zona da Mata), com 35 passageiros a bordo.
O voo foi recebido com festa por autoridades da Infraero, integrantes do SAM(Sindicato dos Aeroviários de Minas Gerais), por líderes do Movimento "Liberação do Aeroporto da Pampulha", spotters e entusiastas da aviação.
Chega o momento do retorno. Passageiros já embarcados, o pessoal de rampa toma as últimas providências e o trator de push back é acoplado.
Às 9h42min o PR-GIG decolou imponente de PLU com 44 passageiros a bordo.
Para o segundo voo do dia a aeronave escalada foi o PR-VBX, que pousou às 18h20min com 76 passageiros a bordo.
A foto abaixo registra o momento que o mecânico libera a aeronave para o voo PLU/IZA/CGH, o segundo do primeiro dia de operação.
Às 18h54min o PR-VBX decolou com 62 passageiros. Devido ao mau tempo em Juiz de Fora a aeronave fez várias órbitas (voo em círculo) aguardando melhora meteorológica, mas não foi possível pousar e seguiu então para o Aeroporto de Congonhas, seu destino final em São Paulo.
Esta matéria foi elaborada com a ajuda de Gustavo Andrade que cedeu fotos e forneceu subsídios para o texto, bem como Gabriel Araújo, Gabriel Wallace e Ygor Petzold que cederam fotos para o artigo.